domingo, 8 de julho de 2012

Voz de quase talento e lamento



Se choro.
Choro pedindo socorro.
Tento falar a voz do morro.

Vejo o desprezo
Pelo meu povo

Ontem e hoje de novo.
Calar diante da desigualdade
Existente em nossa cidade
É seguir o caminho da maldade.
Negando a voz
A quem sempre lutou por liberdade e igualdade.

E sempre viuNo agir vil
Das elites.

O acobertar da miséria

Pelo manto negro

Da ilusão da democracia racial.

Se choro
Choro trazendo a dor
Do meu ancestral
Nós não choramos
Por coisa banal.
“Liberdade, liberdade
Abra as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja feita a nossa voz”

Choro porque não mais agüento
Tanto destratamento.
Que país é este?
Que não ouve tantos lamentos!

Todos embasados nos mais puros argumentos:
Da liberdade e igualdade.

Senhor! Ouça as vozes do agogô e do pandeiro.
E construirás um belo roteiro.
Pra o Brasil inteiro.

Autor:
Professor Gildo Alves Bezerra
Rede Municipal de Laranjeiras-SE.
Poema publicado na Revista Paulo Freire
Edição de Março/2012.



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