Eu vi a lágrima rolar,
No rosto da mãe aflita.
Que vendo seus filhos com fome,
Maldisse a própria vida.
Pois vendo os seus com fome,
No rosto da mãe aflita.
Que vendo seus filhos com fome,
Maldisse a própria vida.
Pois vendo os seus com fome,
E não podendo saciá-los.
Em um ato de desespero,
Jurou até matá-los.
E se matar junto a eles,
Para ela era preferível.
Do que os ver se acabando,
Daquela forma,Cruel e terrível.
Em um ato de desespero,
Jurou até matá-los.
E se matar junto a eles,
Para ela era preferível.
Do que os ver se acabando,
Daquela forma,Cruel e terrível.
Eu vi um pai catar lixo,
Para vender no sucatão.
Disputando com os urubus,
Restos putrificados de alimentação.
Para vender no sucatão.
Disputando com os urubus,
Restos putrificados de alimentação.
Quando perguntei de onde vinha,
Me disse com comoção:
Sou um agricultor, roceiro
Que fui tangido do sertão.
Vim para a cidade grande,
Procurando a solução.
Mas não encontrei emprego,
Me falta capacitação.
Vi minha mulher e meus filhos,
Cairem de fome no sertão.
Nem água eu tinha para dar-lhes,
Eu os vi agonizarem e morrerem em minha mão!
Roubar eu sei não é certo,
Me mandariam para a prisão.
Pedir eu tenho vergonha,
Não fui criado assim não!
Me disse com comoção:
Sou um agricultor, roceiro
Que fui tangido do sertão.
Vim para a cidade grande,
Procurando a solução.
Mas não encontrei emprego,
Me falta capacitação.
Vi minha mulher e meus filhos,
Cairem de fome no sertão.
Nem água eu tinha para dar-lhes,
Eu os vi agonizarem e morrerem em minha mão!
Roubar eu sei não é certo,
Me mandariam para a prisão.
Pedir eu tenho vergonha,
Não fui criado assim não!
Seu moço depois daquela cena,
Tomei essa decisão:
"É melhor disputar aqui com os urubus,
Do que palma com o gado no sertão."
Eu vi crianças tão magras,
Que mais parecian esqueletos.
Vi um prostituto da comunicação,
Dizer que saquear é mal feito.
Vi a sociedade se organizar,
E enviar roupas e alimentos.
Tetando amenizar,
Um pouco o sofrimento.
Vi e vejo políticos inescrupulosos,
Se aproveitarem do momento.
E trocarem míseras cestas básicas,
Por voto que lhes darão sustento.
Tomei essa decisão:
"É melhor disputar aqui com os urubus,
Do que palma com o gado no sertão."
Eu vi crianças tão magras,
Que mais parecian esqueletos.
Vi um prostituto da comunicação,
Dizer que saquear é mal feito.
Vi a sociedade se organizar,
E enviar roupas e alimentos.
Tetando amenizar,
Um pouco o sofrimento.
Vi e vejo políticos inescrupulosos,
Se aproveitarem do momento.
E trocarem míseras cestas básicas,
Por voto que lhes darão sustento.
Autor:
Poeta Antônio Dantas Santos
Professor da Rede Municipal de Itabaiana-SE.
Parabéns professor Dantas.
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