Autor: Evanilson Tavares de França
Professor da Rede Estadual de Sergipe
No
último alvorecer,
Vesti-me
de chapéu de palha
E
parti em busca de mim.
Encontrei-me
José Unaldo de Almeida –
Poeta
de bares,
Entendedor
de fêmeas
(Seus
gozos e sussurros,
Sofrimentos
e degredos).
Encontrei-me
Gibran Khalil Gibran
Cavalgando
Temporais,
Navegando
no dorso de ventos
Que
vão... Que voltam.
Encontrei-me
Jenisson Oliveira Conceição
Profetizando
de Jaleco
Destinos
meus/seus não escritos,
Senão
em passos desenhados em areias que bailam.
Encontrei-me
Richard Bach
Lopeando
universos paralelos,
Reconhecendo-me
em perfis de espelhos de aquis e agoras.
Encontrei-me
Exupéry
Em
metáforas que velam, revelam, desvelam
O
que poderia ser, e fui (?)
Não
fui (?)
Encontrei-me
Jailde dos Passos Professor
Crédulo
de brisas, pássaros e homens (fluidos).
Guevareando
sortes, nortes e mortes,
Construindo-me
estrada:
Caminho
para caminhantes.
Descobri
Marcelo Déda Chagas
Recriando
dizeres e fazeres,
Conforme
a plateia. Consoante meus voos.
Desmontando
tons, sons, dons e chãos.
Grau!
Degrau!
Degradação!
Descobri-me
Marcinha
Laborando
sonhos e planos.
Pedra
de pétalas.
Flor
granítica.
Encontrei-me
eles, elas!
Todos,
tudo!
Único,
muitos!
Só,
multidão!
Amei-me
Soraya, Tainã, Luara –
Completei-me
nelas.
Nelas
não me vi.
Por
sob o chapéu,
Não
me divisei
Não
me encontrei:
Encontrei-lhes-me,
Encontrei-me-nos.
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